BELÉM, PARÁ – Comunicação ANBIOTEC

A ANBIOTEC Brasil, em seu ano comemorativo de 15 anos de fundação,  marcou presença estratégica na COP30 Brazil, realizada em Belém, com a apresentação do projeto “Saúde que Navega & Resiliência Costeira”, desenvolvido em parceria com a Confapesca (Confederação Nacional de Federações das Associações de Pescadores Artesanais e Aquicultura e de Organizações de Pesca) e apoiado por lideranças indígenas, pesquisadores e empresas do setor de Biotecnologia.

A iniciativa foi reconhecida entre as 30 soluções mais inovadoras do Brasil para enfrentamento dos desafios climáticos, alcançando ainda o 1º lugar em votação popular no eixo de inovação.

O projeto foi desenvolvido com o propósito de levar ciência, tecnologias nacionais e cuidado em saúde a comunidades pesqueiras, ribeirinhas, quilombolas e povos originários — populações que estão entre as mais impactadas pela crise climática e pela falta histórica de acesso a serviços essenciais.

A proposta combina diagnóstico in vitro, biotecnologias para tratamento dermatológico, monitoramento da qualidade da água, prevenção de cianotoxinas e iniciativas de restauração ambiental baseadas na algicultura sustentável.

Segundo Vanessa Silva da Silva, presidente executiva da ANBIOTEC, a iniciativa reafirma o compromisso institucional de fortalecer a ciência brasileira como ferramenta de transformação social e ambiental.

“Nosso objetivo é integrar soluções de saúde pública, inovação biotecnológica e restauração ambiental para apoiar comunidades que enfrentam elevação do nível do mar, contaminação hídrica, degradação de manguezais e aumento de doenças relacionadas ao clima. São soluções desenvolvidas com tecnologias nacionais por pesquisadores e empresários brasileiros voltadas à realidade da população”, destaca.

A Confapesca, que representa pescadores artesanais e organizações de pesca em todo o país, reforça a importância da parceria no enfrentamento de desafios históricos. “A iniciativa traz respostas concretas para problemas que vão desde a poluição da água até a dificuldade de acesso à saúde nas áreas pesqueiras. Encontramos na ANBIOTEC uma aliada para aproximar ciência e comunidades tradicionais”, afirma Ajax Tavares, diretor da Confederação.

A iniciativa contou ainda com o apoio voluntário das empresas Associadas – que colaboraram com propostas de tecnologias, insumos associadas à ANBIOTEC —Biocelltis Biotecnologia • Polisa • Bioi9ProsperseaNanonib Nanotecnologia e Inovação em NióbioBioclinLabgro e Detectacyn.

Para a ANBIOTEC, o reconhecimento alcançado na COP30 reforça a importância da biotecnologia como vetor de desenvolvimento econômico, inclusão produtiva e adaptação climática, especialmente em regiões vulneráveis. A associação seguirá trabalhando para ampliar as parcerias, viabilizar a implementação nacional do projeto e fortalecer o papel da ciência brasileira na construção de um futuro mais justo e sustentável.

Apoio dos povos originários

O projeto também passou a ser apoiado pelo Projeto Hämy, que se interessou oeka causa durante a COP30. A iniciativa, aliás, beneficia mais de 46 mil indígenas no Maranhão com atendimento médico descentralizado, telemedicina com energia solar, exames preventivos e unidades móveis adaptadas para percorrer polos de saúde indígena.
“Nosso foco é garantir atenção primária, exames e acompanhamento com respeito à cultura e à língua dos povos originários. A parceria com a ANBIOTEC amplia nossa capacidade de cuidado e inovação”, explica o coordenador da iniciativa, Dr. Gumercindo Filho.

Outro parceiro relevante é a Maki Planet Systems, empresa de tecnologia climática que atua com manejo de savanas e metodologias de preservação ambiental. Para a organização, a integração entre ciência moderna e ancestralidade fortalece a construção de soluções sustentáveis.

“Somar saberes tradicionais e metodologias científicas potencializa nossos resultados. A ANBIOTEC tem papel fundamental ao articular esse diálogo e ampliar o impacto das ações nas comunidades”, afirma Marcelo Pataxó, líder de operações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *