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Conheça as ideias mais inovadoras do Mimesis Hackathon 2020

O Mimesis Hackathon 2020 foi realizado remotamente entre os dias 30 de julho e 2 de agosto e teve como principal objetivo o desenvolvimento de projetos com respostas a grandes problemas da área de saúde por meio da tecnologia e ciência aplicada.

Os participantes tiveram de propor, de maneira coletiva, projetos e ideias inovadoras baseadas em biotecnologia e inteligência artificial.

Entre todos os 22 projetos que foram apresentados, três deles se destacaram pela sua originalidade e eficiência. A ANBIOTEC Brasil, como parceira do evento, apresenta agora os vencedores da edição.

1º LUGAR:  ROBÔ GERMICIDA PARA COMBATE AO COVID-19

Com o número de vítimas fatais pelo novo vírus SARS-COV2 (COVID-19) no Brasil ainda crescendo e atingindo índices preocupantes de contaminação, a retomada das atividades permanece uma incógnita. A incerteza e o medo dificultam a recuperação econômica em diversos setores.

Segundo a Oxford Economics, o prejuízo gerado pelo SARS-COV2 pode chegar a 1.1 trilhões de dólares para a economia mundial. Este é apenas o custo estimado da pós-pandemia, ou do convívio com outras ameaças biológicas. É preciso criar estratégias para lidar com o cenário atual, além de ações de contenção para outros vírus e bactérias que podem surgir, de maneira a não paralisar a vida nas cidades.

Com as diversas estratégias e protocolos de reabertura para a volta das atividades econômicas, pensar em novas alternativas de prevenção e proteção para todos os setores, é de extrema importância e urgência! A necessidade de evitar novas curvas demanda atenção continuada.

Diante disto, o projeto buscou criar uma solução que pode contribuir fazendo uso de tecnologias e componentes existentes para tornar ambientes públicos e privados mais seguros, tanto para a população, quanto para os setores econômicos, durante o cenário pandêmico e outras ameaças que possam surgir.

O KEVYT-UVC é uma unidade autônoma de higienização que percorre ambientes, banhando-os de luz UVC e eliminando até 99,9% de vírus e bactérias, em aproximadamente 15 minutos, uma redução de aproximadamente 85% no tempo de esterilização e desinfecção de ambientes. As rotinas customizáveis pelo cliente que recebe o mapa de cobertura por smartphone ou internet, comprovando a limpeza e gerando certificação para atestar o serviço.

Para mais informações, acesse a apresentação completa ou entre em contato pelo e-mail: [email protected]

2º LUGAR: LÂMPADA UV-B COM APLICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE VITAMINA D

A deficiência de vitamina D e os impactos que isto pode ter na saúde são assuntos que causam preocupação, tendo em vista os índices gerais da população. É pensando em contornar esta situação que este projeto se propõe a desenvolver uma luz UV-B como alternativa para a absorção do nutriente pelo organismo. Caso em volume insuficiente, pode causar alterações ósseas, como osteoporose, quebra de ossos e até raquitismo em crianças. O que muitas vezes não se sabe é que a ação desta vitamina vai muito além do que garantir a saúde dos ossos.

Por ser lipossolúvel, ou seja, são solúveis em lipídios e outros solventes orgânicos, porém não-solúveis em água. Para serem absorvidas, é necessária a presença de lipídios, além de bile e suco pancreático. No caso específico da D, ela pode chegar ao organismo por meio de alguns alimentos, da absorção de luz UV-B e da suplementação.

Além disso, por promover absorção de cálcio, existem outras inúmeras funções importantes, normalmente deixadas de lado. A vitamina D cumpre um importante papel no sistema imunológico, sendo capaz de reduzir a resposta inflamatória no sistema neuromuscular, no controle do crescimento celular e na modulação dos mais diversos tipos de genes para várias células do corpo.

Em vista dessa vasta gama de funções que a vitamina D pode exercer no corpo, sua falta pode provocar e intensificar diversas patologias como COVID-19, variados tipos de câncer, o HIV, a depressão e esclerose múltipla, por exemplo.

Pensando nisso, o projeto concebido pela equipe DUVita pretende desenvolver uma lâmpada de luz UV-B, a luz que é absorvida pela pele e transformada em vitamina D, juntamente com um aplicativo para realizar os cálculos necessários a fim de determinar o tempo de exposição à lâmpada e acompanhar a experiência do usuário.

A ideia é que, atrelado a lâmpada, haverá um aplicativo responsável por realizar os cálculos de tempo de exposição, que podem ser personalizados pelo próprio usuário, e por fazer o acompanhamento desses dados. Com esse canal de entrada de dados, existe a possibilidade de se fazer um tratamento preventivo para diversas doenças ou até mesmo personalizar para enfermidades já diagnosticadas, as quais podem ter seus efeitos amenizados pela absorção dos níveis corretos de vitamina D.

Para mais informações, acesse a apresentação completa ou entre em contato pelo e-mail: [email protected]

3º LUGAR: TESTE RÁPIDO PARA COVID-19 UTILIZANDO BIOSSENSOR

Atualmente, o Coronavírus é um dos principais patógenos que tem como alvo principal o sistema respiratório humano. Os casos iniciais foram relatados em dezembro de 2019 e em apenas seis meses, a doença se alastrou rapidamente. O primeiro caso registrado da doença no Brasil foi no fim de fevereiro e, até o momento, o país já contabiliza mais de 3 milhões de contaminados e mais de 100 mil mortes relacionadas às complicações da infecção causada pelo vírus Sars-CoV-2.

Diversos fatores contribuíram para essa rápida evolução no número de casos, e dentre eles, a falta de testes suficientes para diagnóstico. Desde janeiro, apenas pacientes que apresentavam sintomas da doença foram testados, portanto, é possível presumir que o número de infectados foi, e ainda é, muito maior do que o documentado, considerando que diversos pacientes apresentaram quadros assintomáticos.

Desde março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que países façam testes em massa em suas populações para combater a pandemia e, apesar dessas instruções, o Brasil não tem conseguido cumprir os números desejados para comprovação de diagnóstico.

Segundo a BBC Brasil, a maioria dos testes aplicados no Brasil são aqueles denominados testes moleculares, os quais utilizam a técnica de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) realizada em laboratório. As amostras são coletadas do nariz ou da garganta dos pacientes, processadas para realização do teste e o resultado é entregue em, aproximadamente, oito horas, sendo o índice de precisão próximo de 100%, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Embora, dados de maio, da OMS, registrem que, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), seja capaz de produzir 80.000 kits ao mês para testagem da Covid-19, não são suficientes e um dos principais entraves para produção destes testes é a alta demanda mundial pelos reagentes utilizados na reação de reação em cadeia da polimerase (PCR).

Atualmente existem diferentes métodos para testagem e diagnóstico do vírus causador da Covid-19, sendo alguns realizados para detecção do antígeno (vírus) e outros para a detecção de anticorpos produzidos em reposta imune ao vírus. Segundo instruções OMS, o ensaio molecular de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) é o teste que deve ser utilizado como a referência (padrão ouro) para confirmação de casos de Covid-19.

Dentre os testes que detectam anticorpos estão os testes imunocromatográficos, denominados “testes rápidos”. Estes apresentam-se como uma alternativa que vem sendo amplamente adotada por serem de fácil manuseio, que não requerem a utilização de equipamentos de apoio e por permitirem a visualização do resultado em cerca de 10 a 30 minutos. Contudo, estes testes não oferecem confiabilidade, uma vez que não detectam infecção ativa pelo Sars-CoV-2, mas sim a existência de anticorpos produzidos depois da infecção. Isto é, não identificam o vírus circulante no organismo do paciente e sim a resposta causada pelo mesmo.

Este tipo de testagem conta com altas taxas de falso-positivo e falso-negativo por depender de parâmetros que apresentam alta variabilidade, como a produção de anticorpos em quantidade, o que se altera conforme o indivíduo. Assim, ainda que este método seja mais rápido e barato do que a realização da RT-PCR, não é o mais adequado para detecção do vírus.

Levando em conta a necessidade por novos dispositivos de diagnóstico confiável, o projeto propõe criar um novo teste rápido para detecção da Covid-19, por meio da tecnologia de biossensor utilizando pontos quânticos funcionalizados com anticorpos. Esse biossensor deverá constar uma solução a qual terá um marcador com um corante fluorescente ligado a uma proteína marcada com um ponto quântico funcionalizado com anticorpo específico para o Sars-CoV-2. Quando exposta ao vírus, ocorrerá a ligação do antígeno (vírus) ao anticorpo, alterando o comprimento de emissão do ponto quântico, provocando mudança de cor. Assim, com o amostrador sendo do tipo impinger, durante a coleta o ar expelido pelo paciente entra pela abertura principal produzindo borbulhamento na solução, fazendo com que qualquer partícula viral circulante presente no organismo dele, ainda que no início da infecção, seja solubilizada e ao se ligar ao anticorpo, altere rapidamente a emissão dos pontos quânticos. Essa variação no espectro poderá ser mensurada por espectrofotometria.

Com esse novo método não será preciso esperar que o paciente produza os anticorpos, pois é possível identificar o vírus circulante já no início da infecção. Além disso, por se tratar de nanoestruturas, o valor do material (pontos quânticos funcionalizados com anticorpos) não interferiria tanto no custo final do teste já que seria utilizado apenas uma pequena quantidade para a solução.

Para mais informações, acesse a apresentação completa ou entre em contato pelo e-mail: [email protected]

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